Obesidade infantil

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Obesidade infantil

A obesidade infantil vem crescendo cada vez mais nos últimos anos, isso se torna um grande problema para toda a humanidade. De acordo com o levantamento do IBGE, de 2008-2009, nos últimos 20 anos, os casos de obesidade infantil quadruplicaram na faixa dos 5 aos 9 anos. E segundo apontamento de 2013 da Organização Mundial da saúde (OMS), há aproximadamente 40 milhões de crianças com sobrepeso ou obesidade no mundo, número que vem se multiplicando a cada ano.

Pesquisas tentam esclarecer porque as crianças estão sendo afetadas, e apontam quais os fatores que podem levar à obesidade infantil. Veja a seguir:

- Alimentação Inadequada


Pesquisadores da Universidade de Carolina do Norte (EUA) fizeram um estudo com mais de 4 mil crianças, de 2 a 18 anos, e descobriram que apesar da obesidade infantil estar associada ao consumo de fast foods, esta categoria de alimentos não foi a única grande culpada. Pois os resultados mostraram que as crianças consomem pouca ou não consomem frutas, vegetais e hortaliças em casa e, em contrapartida, há exageros em relação aos alimentos industrializados, bolachas recheadas, lasanha congelada, refrigerantes etc.

Os pais são os principais responsáveis por dar orientação alimentar aos filhos desde o momento que eles passam do leite materno para a papinha. Só que nem sempre isso acontece, por diversos fatores, desde a rotina de trabalho apertada que não permite aos pais realizaram refeições em casa, até a falta de informação e o medo de o filho passar fome.

Especialista aconselha, que os pais mais ocupados, precisam parar um minuto para repensar na alimentação da família, e tentar reverter essa situação. Atitudes simples, como evitar o abastecimento da despensa com guloseimas e deixar variedades de frutas à mão, já é um passo e tanto ruma aos hábitos mais saudáveis.

-Predisposição genética ou ambiental

Estudos apontam que criança com ambos os pais obesos ou com sobrepeso tem 50% de chance de desenvolver a doença, já que os genes podem alterar os gastos energéticos, desregular apetite e saciedade e/ou mudar a forma como o organismo absorve os nutrientes. Além de muitas vezes os maus hábitos alimentares estarem presentes na cultura e no ambiente da família.

- Restrições parentais

Dietas restritivas para crianças só devem ser feitas por recomendações médicas, do contrário, elas se mostram ineficientes e prejudiciais ao organismo. Além disso, não se pode esquecer o lado social da alimentação. Pois proibir que a criança coma qualquer tipo de doce pode fazer com que ela exagere toda vez que estiver sem os pais, em festas de aniversário ou na casa de amigos, por exemplo.

A nutricionista Silvia Justina Papini, da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu (SP), alerta que “O controle excessivo do que a criança come e a fiscalização constante pode deixá-la ansiosa e com traumas alimentares. No futuro, ela pode desenvolver problemas psicológicos/emocionais, como bulimia ou anorexia nervosa”.

- Sono irregular

Além do descanso físico e mental, o sono é reparador para todo o organismo. Uma noite mal-dormida pode significar desequilíbrio hormonal, e o estresse de uma noite de sono ruim provoca a produção exagerada de cortisol pela manhã, o que estimula a ingestão compulsiva de alimentos e o consequente acúmulo de gordura na região abdominal.

Para evitar que tudo isso aconteça, fique de olho no sono da criança. A respiração parece alterada? O travesseiro e a luz estão adequados à necessidade dela? Ela acorda muito durante a noite? Pega no sono vendo TV? Os pais precisam saber as respostas para essas perguntas para determinar como o filho passa as noites. Não se esqueça de que ter uma rotina com horários certos para dormir e acordar é um dos primeiros passos para uma noite com sono tranquilo.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/