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Dificuldade de aprendizagem, como lidar com esta situação.

• 11 de MAIO de 2018

O rendimento escolar do filho em relação ao dos colegas de sala é uma preocupação recorrente dos pais. Se ele tem dificuldade de aprendizagem, é importante compreender que vários fatores podem influenciar esse processo, e nem sempre eles estão ligados à escola — como aspectos neurofisiológicos, emocionais e sociais.

Independentemente dos fatores que culminaram nesse obstáculo na vida escolar do aluno, é essencial que haja uma parceria entre família e escola a fim de que as melhores ações sejam tomadas para o bom desenvolvimento da criança.

O papel da escola e a importância do diálogo
Quando for detectado pela escola ou pelos pais que o pequeno apresenta alguma dificuldade de aprendizagem, o importante é não negligenciar o fato e sempre se colocar ao lado da criança. Para que isso ocorra, é fundamental que haja diálogo entre os pais e a escola.

O diálogo entre essas instâncias pode ajudar a identificar se a dificuldade está ligada a um acontecimento isolado e específico e que pode ser acompanhado para verificar se será superado ou se é uma questão que demanda mais atenção e ajuda profissional. Não só o diálogo entre família e escola é importante, mas também o diálogo com a criança. É importante verificar como a criança se sente diante da dificuldade, se ela mesma consegue associá-la a determinado acontecimento (dependendo da idade e das causas), além de fornecer a ela todo o apoio emocional e incentivo para a superação.

Por isso, é necessário desenvolver estratégias metodológicas para serem usadas em caso de detecção de algum problema relacionado à aprendizagem. Cabe à escola ouvir a família e planejar com ela caminhos que possam contribuir para o aprendizado da criança — incluindo o acompanhamento com especialistas, como psicopedagogo, neuropsicólogo e outros.

A desatenção e a dificuldade de aprendizagem
A desatenção pode ser um sintoma de que algo não vai bem. Família e escola têm de ficar atentas e procurar ajuda se notarem que a criança:

- demonstra dificuldade em seguir instruções simples e atender tarefas;
- não consegue ler e/ou fazer operações matemáticas adequadas a sua faixa etária;
- apresenta dificuldades psicomotoras;
- perde com frequência seu material escolar ou não se lembra de transmitir informações importantes.

Quando se nota que a criança se distrai facilmente, não consegue se concentrar em uma tarefa ou direcionar sua atenção quando é solicitada, é possível que ela precise de ajuda. O importante é ela se sentir segura e acolhida para que possa desenvolver suas habilidades.

Se a escola enxerga a criança em sua totalidade e tem ciência de suas dificuldades, torna-se parceira dela — já que está ao seu lado durante seu desenvolvimento intelectual. Vale ressaltar que a desatenção também pode ser fruto de estratégias pedagógicas que não aguçam sua curiosidade.

A escola e a família como responsáveis pela aprendizagem
Não estigmatizar a criança, elevar sua autoestima, dar carinho a ela e ter apreço pelo que ela faz são ações benéficas para qualquer indivíduo com ou sem dificuldade de aprendizagem. Os que se inserem nesse grupo, entretanto, necessitam disso mais do que os demais.

Afinal, por perceber que não está no mesmo nível de aprendizado dos colegas, há chances de que apresente comportamentos ligados à baixa autoestima (irritabilidade, vergonha, medo, ansiedade, desatenção e assim por diante) que os colegas não demonstram. Eles percebem as diferenças, mas podem se sentir mais motivados e empenhados diante do apoio e da aceitação de pais e professores.

Diante de qualquer sinal de dificuldade de aprendizagem, o olhar atento de professores e familiares pode fazer toda a diferença. Se for algo mais leve, pode ser rapidamente resolvido, mas se demandar mais atenção, quanto antes começar o cuidado, melhor e mais rápidos serão a superação e o desenvolvimento da criança.

Fonte: www.escoladainteligencia.com.br